João Almeida
Você está tão diferente!
Você não era assim...
A gente sente!
Quem viveu, caminhou por suas ruas,
desertas na escuridão
repletas nas noites de lua,
O amor debruçado nas janelas ...
Você era assim...
Uma paz difícil de se ver...
assim era você meu Vale!
Mas assim não vale...
Hoje iluminado,
ninguém liga mais para o céu,
de onde veio esse povo
estressado ?
abelhas que não fazem mel.
Ah! Dona Maria, seu José..
Cumpadre fulano, amigo sicrano,
Seu Dédé.
Nome por nome na minha memória,
O trem apitando
partindo e levando a minha estória...
Não conto nem a metade
de tudo que me dá saudade!
Ah! meu vale, assim não vale...
Águas sugadas
das suas entranhas,
nas águas do rio
ninguém mais se banha,
mergulham entre a bagaceira,
não se limpam
agregam mais sujeiras.
Ah! meu vale!
mas muito vale esse espaço isolado,
de onde vivo meu presente
lembrando o meu passado...
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