quarta-feira, 4 de julho de 2007

REENCONTRO (EU E SÍTIO DO MEIO)

João Almeida


Você está tão diferente!

Você não era assim...

A gente sente!

Quem viveu, caminhou por suas ruas,

desertas na escuridão

repletas nas noites de lua,

O amor debruçado nas janelas ...

Você era assim...

Uma paz difícil de se ver...

assim era você meu Vale!

Mas assim não vale...

Hoje iluminado,

ninguém liga mais para o céu,

de onde veio esse povo

estressado ?

abelhas que não fazem mel.

Ah! Dona Maria, seu José..

Cumpadre fulano, amigo sicrano,

Seu Dédé.

Nome por nome na minha memória,

O trem apitando

partindo e levando a minha estória...

Não conto nem a metade

de tudo que me dá saudade!

Ah! meu vale, assim não vale...

Águas sugadas

das suas entranhas,

nas águas do rio

ninguém mais se banha,

mergulham entre a bagaceira,

não se limpam

agregam mais sujeiras.

Ah! meu vale!

mas muito vale esse espaço isolado,

de onde vivo meu presente

lembrando o meu passado...

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