Meu irmãozinho Alberto anda sorrindo
Nas claras ruazinhas de algodão
Do bairro pobre, onde esqueceu, florindo,
Por descuido, quem sabe?, o coração,
Da janela o saúdo. O dia findo
Vem dormir enfadado em minha mão
De carícias de lã. É muito lindo
Ser bom assim, ninguém me diga não.
Troc... Troc... Seus passos na calçada
acordam meu chapéu de tinta gauche.
Retiro o riso da expressão cansada.
O que fazer? Reflito, desolado.
E o Alberto lá vai, talvez não ache
Seu pobre coração desmantelado
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