Se a vida fosse um livro de receitas, qual seria o seu prato principal? E qual a sobremesa favorita? Por certo, haveria um restaurante onde estes pratos poderiam ser degustados, mas você seria o chefe da cozinha? Ou todos trabalhariam ao acaso dos atos impensados? Qual seria o nome do espaço? Existiria uma inspiração, ou o cardápio se construiria como consequências das necessidades cotidianas?
As dúvidas formam um tempero essencial a qualquer prato especial, por que não existem receitas perfeitas e por isso a vida não é um livro com os modelos do que se deve fazer. Mas na vida o prato principal com certeza é o amor. Amor de homem e mulher, amor pelo escuro, por saber da existência do claro; pelo som, em agradecimento ao silêncio; pelo feio, que faz a beleza ter sentido; pelo abraço, que isola o mundo e faz parecer que só existe quem abraça e quem é abraçado.
A minha sobremesa favorita estaria sempre acompanhada de carinho, e a degustação seria aberta a todos. Na cozinha da vida é preciso que exista um chefe que aponte a direção dos sabores, dos amores. Assumir os riscos do impensado nos aproxima demais do erro, mas até os erros serão bem vindos quando acompanhados de boas lições. O espaço teria o seu nome associado a uma crença universal, a vida é a fonte do amor, então, se chamaria: Bistrô, Fontana Dell Amore.
Por fim, a inspiração estaria no viver... Um dia por vez, sem amarras que nos impedissem de sonhar, ou regras que dissessem que não se deve chorar. O cotidiano é uma delícia, para quem ama o que faz.
P. S. Em 2011 é possível que você sofra um pouco, chore e até se sinta sozinho. Mas lembre-se que a vida é uma receita inacabada, onde cada um pode colocar a sua pitada de tempero e torná-la única. Portanto, ame, sofra, chore, morra e ressuscite no dia seguinte para mais um pouco de felicidade... A vida é hoje!
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