quarta-feira, 11 de julho de 2012

TREM DA VIDA


(autor desconhecido)
Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida
a uma viagem de trem. Uma leitura extremamente
interessante, quando bem interpretada.

Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem,
cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes,
surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes
tristezas em outros.

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos
com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa
viagem conosco : nossos pais. Infelizmente, isso não é
verdade; em alguma estação eles descerão e nos
deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia
insubstituível... mas isso não impede que, durante a
viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super
especiais para nós, embarquem.

Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.

Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio.
Outros encontrarão nessa viagem somente tristezas.
Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a
quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas,
outros tantos passam por ele de uma forma que, quando
desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são
tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos
nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto
separados deles, o que não impede, é claro, que
durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade
nosso vagão e cheguemos até eles... só que,
infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado,
pois já terá alguém ocupando aquele lugar.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos,
sonhos, fantasias, esperas, despedidas... porém,
jamais, retornos. Façamos essa viagem, então, da
melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem
com todos os passageiros, procurando, em cada um
deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre,
que, em algum momento do trajeto, eles poderão
fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender
porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com
certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em
qual parada desceremos, muito menos nossos
companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao
nosso lado.

Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei
saudades ... acredito que sim. Me separar de alguns
amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido. Deixar
meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza
será muito triste, mas me agarro na esperança que, em
algum momento, estarei na estação principal e terei a
grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não
tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar
feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha
crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem,
seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando
chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio
traga saudades e boas recordações para aqueles que
prosseguirem a viagem.

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