Quando eu era
homem do mar,
Um poeta me disse:
“Não te iludas João!
Terás o barco e a rede.
Terás o sal e a sede.
Terás o azul e o verde.
Só sossego não terás.”
Virei homem do mato;
Numa fonte sacio minha sede,
Balanço as horas
Deitado numa rede;
Só falta sossego chegar.
Tenho tardes silenciosas;
Sombras e flores
Sob um céu espetacular;
O sabor da horta e do pomar,
A mesa farta...
Só falta sossego chegar.
Às vezes acho que o que falta
É o colo de Maria
Mas logo me aquieto
O colo está tão perto,
Mas Maria não me deixa deitar.
Janeiro 2007
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