Marilyn Smith
De pássaro a pássaro caía
tudo o que o dia traz,
ia de flauta em flauta o dia,
ia vestido de verdura
com voos que abriam um túnel,
e por ali passava o vento
por onde as aves cortavam
o ar compacto e azul:
por ali entrava a noite.
No regresso de tantas viagens
fiquei suspenso e verde
entre o sol e a geografia:
vi como trabalham as asas,
como se transmite o perfume
por um telégrafo emplumado,
vi das alturas o caminho,
as fontes, as telhas,
os pescadores a pescar,
os cais da espuma,
tudo isto eu vi do meu céu verde.
Não tinha mais letras
que a viagem das andorinhas,
a água pura e diminuta
do pequeno pássaro ardendo
que baila saindo do pólen.
tudo o que o dia traz,
ia de flauta em flauta o dia,
ia vestido de verdura
com voos que abriam um túnel,
e por ali passava o vento
por onde as aves cortavam
o ar compacto e azul:
por ali entrava a noite.
No regresso de tantas viagens
fiquei suspenso e verde
entre o sol e a geografia:
vi como trabalham as asas,
como se transmite o perfume
por um telégrafo emplumado,
vi das alturas o caminho,
as fontes, as telhas,
os pescadores a pescar,
os cais da espuma,
tudo isto eu vi do meu céu verde.
Não tinha mais letras
que a viagem das andorinhas,
a água pura e diminuta
do pequeno pássaro ardendo
que baila saindo do pólen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário