segunda-feira, 19 de março de 2012

DE TANTO ESPERAR

Maria Maria

De tanto esperar tenho teias pelo meu corpo:
aranhas, fios, lãs, besouros
todos ,
fazendo poemas e recitando dores desiguais.

Meu sangue não é azul
como o das consulesas,
meu sangue tem cor
de ausência.

Eu sei...
sei da prisão
que é ser incompleta
e da alforria que me aprisiona.

Isauras não existem
Só o tempo se desconfigura e desmancha as teias
que tenho pelo corpo, de tanto esperar!

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