José Abbade
Na ausência de tranças
Menina ainda dança,
Pula e chapinha na poça?
Mulher, moça, criança
Quem dirá ao certo
O que, de perto, nem ela sabe?
E a ninguém cabe definir.
Pipoca, novena, tabuada ou lingerie
Rótulo não contempla o fundo
Ela, sozinha, ri do mundo
e suas cidades, obviedades
que muitos preferem eternizar
Atos comuns ensaiados
em roteiros já desgastados
pelas hordas do lugar comum.
Mas ela, sutil traquina
Propõe sua nova sina.
Holofote ou lamparina,
O importante é luz.
E, assim, conduz suas linhas
Escrita fina, porém marcante
Que tempo e traça não destrói.
A sóis, luas e ventos
Seu velejar leve, lento
Revela-se em riscos de mar.
Mostrando apenas a menina
Que a cada momento ensina
O que é viver. O que é sonhar.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
AFLÁVEL
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