domingo, 1 de maio de 2011

“DE FRENTE PRA GABRÍ”

02/02/2011

Por oito dias andei conversando com João Gabriel,meu netinho de apenas dois meses de idade. Ele não falou nada nesse nosso papo, claro, ele está na fase de só ouvir e observar, mas nada ficou sem resposta...nos entendemos muito...

Fiquei pensando se não seria nessa fase a melhor, para o brilho dos olhos das pessoas. Quando estive nesta situação como pai, não imaginava isso, não calculei as varias fases que uma pessoa passa a partir dos dois meses de vida, de modo que os netos nos dão essa compensação entre a ausência dos filhos adultos e nossa solidão, como bem disse Maria, o sentimento de abandono que tem um impacto muito grande na saúde física e mental de idosos são trocados pela Jujuba doce que ainda é Julia, pela alegria que Joãozinho passa, pelos rodopios da bailarina Carol, do remelexo nos passos surpreendentes de Matheus que apesar de birrento ainda nos dedica o seu amor, e do irreverente Victor ator de mil faces, todas de alegria. Fica fora desta relação Felipe, por ser adulto e ter sido criado por mim e Maria, está na condição de neto e de filho, e adotou muito cedo a filosofia da indiferença.

“Assim falou Zaratustra:”

“Éramos amigos e agora somos estranhos um ao outro. Mas não importa que assim o seja: não procuremos escondê-lo ou calá-lo como se isso nos desse razão para nos envergonhar. Somos dois navios cada um dos quais com o seu objetivo e a sua rota particular”

Estou lutando para ter muitas emoções boas neste ano,mas de uma, vou ficar de fora. Não devo reclamar apesar da dor fico com a minha consciência., continuo na escola para aprender a gostar muito de mim, a cuidar de mim e principalmente a gostar de quem gosta de mim...

Tem uma fase, que é a da adolescência, onde é normal certos conflitos sustentados na rebeldia, mas para quem já amadureceu ?... já é adulto de fato ?....

Enquanto os filhos amadurecem os pais envelhecem... o que justifica comportamento que nos leva ao isolamento. De uma família de sete, foram escapando pelas mãos, Carla, Tino, Iraci, Jota e Felipe, e assim ficamos nós, eu e Maria. Hora lembrados hora esquecidos, mas observando bem, até que resistimos bem... quem nega a força de Maria ? sua alegria ? e sua solidariedade ?

Alguém está devendo a um de nós, justiça!

Nenhum comentário: