terça-feira, 14 de julho de 2009

SAUADADES DE GABRIEL


João Almeida

GABRIEL!
Nome dado por minha neta Carol a um galo muito especial. Nasceu só, a ninhada esperada não vingou, todos os ovos “goraram” menos o que lhe envolvia. Assim desde pequenininho me deu trabalho, fugia do galinheiro, embrenhava-se pelo mato e eu tropeçando atrás. Foi crescendo formando a plumagem que brilhava parecendo ouro e por fim se fez dono do terreiro, autoritário e garanhão. Os outros galos eram subordinados, só comiam depois da sua permissão, só faziam amor se ele estivesse desatento, caso contrário derrubava o rival das costas das galinhas, ele porem, passava o tempo cobrindo as meninas. Um galo e tanto esse GABRIEL. Mas o tempo passa, até para os bichos ele impõe marcas. Cheguei no sítio e fui jogar uma mão de milho e encontrei GABRIEL acocorado. Onde já se viu um galo como GABRIEL agachado. Quando os caroços de milho se espalharam no piquete ele veio comer, achei extranho suas passadas algo errado estava acontecendo, o meu colaborador estava diferente, parecia bem doente. Procurei informações e disseram que era uma perna que estava doente. Passaram se os dias e viajei para buscar minhas netas para passar as férias de junho no sítio e no retorno como sempre faço fui olhar o galinheiro, jogar uma mão de milho e então retrocedi, não abri a mão , abri bem os olhos e então vi Gabriel estirado, morto. Corri e contei a Maria e procurei esconder das meninas e fui providenciar enterrar o amigo GABRIEL.
O galinheiro continua no sítio, mas está muito diferente, nunca mais será o mesmo sem GABRIEL.

Sitio do Meio 2 de julho de 2009.

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