José Inácio Vieira de Melo
Eu vou para roça, ajudar o dia a amanhecer
chamar os bezerros pelos nomes de suas mães
e ver a vacaria apojar
e sentir a chuva de leite em meus olhos.
(...) Eu vou para a roça, começar o dia com um sorriso.
Meu cavalo e eu — Centauro do Sertão —
sairemos campo afora
apascentando a boiada, o milharal, o açude.
E os cajus haverão de destravar as fronteiras
e ouvirei o canto das patativas se estender até Assaré
e me entenderei com as beldroegas
e compreenderei a labuta das formigas (...).
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