sexta-feira, 14 de novembro de 2008

FRUSTAÇÃO

João Almeida

Não faz sentido!
Estes dias,
que de tão parecidos
parecem um só...
longo e penoso.
Despercebidos
São os meus passos,
tontos e tortos...
que se arrastam
levando meu corpo cansado.
Não faz sentido!
O desperdício...
Amor que se esgota
ou se omite,
ou sei lá se existe.
Percebíveis,
são as vozes
que abandonam o canto
e a rima
destroçando sentimentos.
Não faz sentido!
As atitudes,
convivência arranhada,
no meio só de amigos, irmãos,
caboclos da mesma aldeia.
E se deu a partida!
Para trás,
O testemunho da vida...
Alfinetadas nos olhos
de muitos,
doce colírio nos olhos de poucos.
Não fazia sentido!
Ver crescimentos, amadurecimentos,
E os meus cabelos brancos
seguindo os passos
acelerados do tempo...
E por quanto tempo ?